3 de agosto de 2011

"Amar não significa eternamente a mesma pessoa, posso amor por diversas vezes.... E continuar amando de uma outra forma todos que na minha vida passaram".



27 de fevereiro de 2011

O ato


Mais um fato.
O ato.


Meu coração endureceu, ele não amoleceu.
Eu pedi, uma
lágrima, e ele não cedeu.

Meu corpo pesado, calado.
Minha mente, culpada, usada.

Minha beleza se transformou, em nada, envelheci uns anos, diante da situação dolorosa.
Calei-me, mais não consegui calar o meu pensar.
Tentei lembrar figuras bonitas, mais não adiantava.
O que aconteceu, já estava feito, não tinha jeito.

Quando acho que sou segura, não, não sou segura!

A mente vai.
A dor chama.
Exclama: P-O-R-Q-U-Ê!

Porque me deixei levar com um fantoche de retalhos.
Por quê?
Por quê?

Senti-me largada, fria.
Onde está o meu calor, meu sorriso, onde se escondeu?
Sumiu desapareceu se transformou em nada.
Como se eu fosse um ser invisível no meio de tanta gente.

Amargurada.Traida, Exchotada.

Mesmo com os olhos pesados prestes a se fechar, minha consciência não permitia o repouso.
Não ela apenas, me falava: P-O-R-Q-U-Ê!

Enfim, com tanto pesar, adormeci feito um bebe precisando de colo.
Acordei exatamente 4 horas depois.

O primeiro pensamento: P-O-R-Q-U-Ê.
Queria chorar, não conseguia.
A angustia me percorria como se meu corpo fosse um labirinto de caminhos perdidos.

Preciso me sentir melhor.
Necessito ficar em paz.


Senti o cheiro da Chuva.
Respirei e inspirei bem fundo, como se aquele cheiro pudesse alimentar a minha dor.

Os pingos levemente foram caindo do céu.
Feito pétalas de flores.
Senti que aquela chuva veio pra mim.
Não sei como... Mais de alguma forma ela veio pra mim.



É É AGORA!


Me ajoelhei diante dessa dádiva e pedi perdão a Deus.
Pedi que essa chuva fosse benta, que cobrisse meu corpo de bênçãos.
Pedi perdão mais uma vez.
E mais uma vez.

Meus braços arrepiaram, o frio tomou conta das minhas costelas, mais permaneci ali como uma natureza morta, intacta , tentando me regenerar de volta.

Agüentei o que pude, diante dos meus fracos pulmões.
Me lavei.

Me libertei.
Finalmente chorei.

13 de novembro de 2010

Tentantiva errante.
De mim não saem palavras.
Palavras passeam em mim me torturando feito dor.
Elas apenas me rodeiam.
De mim nada sai.
Nada expresso.
Nada de nada.
Mais vazia que o ar dentro do balão.
Nada do nada.
"Um vazio tão imenso que não consigo nem ao menos me publicar em minhas linhas tortas."
"Talvez eu seja uma parasita que inveja a felicidade alheia, por perceber que todas as minhas expectativas de felicidade foram falhas."

12 de novembro de 2010

Eu corria.
Corria.
Corria.

Até babar,
Salivar,
Corri até não suportar.

A dor.

Não adianta correr.
A dor não vai,

Ela percorre dentro do meu ser.
Como carros engarrafados, um trânsito dentro de mim.
Um consgestionamento de sentimentos.

Meus musculos estão fracos.
Meus pés pesados.
Meus olhos calados, fechados enterrados.

O calar, o penar.
O calar, ca-lar. caaa-laaaar.
Adeus Gabriela.



16 de outubro de 2010

O tempo


O ponteiro do relógio fixava exatamente no mesmo número todos os dias.
Era em cima do numero cinco em algarismo romano.



Hoje, ontem e antes ontem, e antes de antes ontem também.
Eu parecia o mesmo cuco maluco!
Cuco - cuuuco-cuccccccccoooooooooooo!
Nada mudava de lugar.

A roupa no mesmo cabide, de madeira enferrujado.
No chão a marca dos móveis.
No chão a marca das pegadas, a mesmas pra cá e acolá.
O mesmo cheiro, o mesmo gosto, o mesmo rosto sem gosto.
A mesma paranóia.
A mesmice sempre.

A janela do apartamento era a única que estava diferente, o que diferenciava eram as cores lá fora.

O prédio grande de fora mudara de cor a cada ano.

Já foi laranja, do laranja passou para o alaranjado, do alaranjado radicalizaram e pintar de verde-bandeira um tom bem vivo.

Pensei radical. RA-DI-CA-LI-ZAR.

E o cuco não parava, marcava cada hora – Cuco, cuco, cuco.

Esse som me atormentava.
Pois a cada instante corriam mais as horas.
E cada vez mais, não é por nada que até ontem era Natal, e hoje já estamos em setembro de 2010.

E...

2011 está por vir, e em sequência 2012... E por diante.
Medo, medo da dor, da morte, da vida.
Afinal qual é o propósito de estar aqui?

Preciso iniciar do principio, primeiramente iniciarei do tom laranja, para depois passar para o alaranjado, e do alaranjado passar pro verde-bandeira, e do verde-bandeira quero partir para o amarelo, amarelo-manga, tons vermelhos e amarelos em mistura.

Ah, uma sensação boa agora, mesmo estando aqui.
Pela primeira vez, estou gostando dos meus pensamentos.

Vou mudar. Sim, mudarei.
Mas como citei esse mês e setembro.
Setembro e bonito, e um passo para a primavera.

Gosto de cores, flores.

Então é um ótimo mês para recomeçar.
Primeiro passo: Vou começar alaranjado a minha casa.
Segundo passo: Preciso respirar arte, teatro e musica.

Preciso urgentemente disso.

É o que eu realmente GOSTO e me FAZ BEM.

E o verde-bandeira e o amarelo-manga.
Vou deixar para a porralouquice.

Ah, porralouquice!
Porralouquice.

Quero aproveitar, cada beijo e calor do meu amado.
Pra sempre.
Como eternos namorados jovens.
Quero rir a cada instante.
E a cada vez por dia, rir de até doer à barriga.
Isso é bom, me lembro quando fazia isso todos os dias.
Falar de coisas, boas!
Quais boas novas eu vou contar, para meus queridos
Abraçar tudo se possível até o teto.
Beijar a face do meu pai todo dia!
Humm como é bom!
Ver minha mãe, mais vezes, que alegria ela me trás.
Estar perto de quem me quer bem, e que eu queira bem também.
Quando chover, quero agradecer a bênção, e acordar sorrindo.
Quando muito sol, também.
Dizem que viver é fácil, o mais difícil e saber como.
Acho que não deve ser tão difícil assim.