26 de setembro de 2010

A chuva

Lá fora o som da chuva.
O som da chuva interroga mais a minha solidão.
A chuva ecoa todas as paredes, todas as mobilias, não finda.

Sofrer doe.
Doe muito.
Cada dia que passa mais aumenta o vazio.
O eco das teclas soam alto.
Todos os barulhos consigo ouvi-los com extrema nitidez.
Que falta faz,
Que vazio dentro de mim.
Dentro de cada parede.

Dentro de cada porta.
Dentro do chão.
Dentro de tudo.
Dentro de mim.

Escrever pra mim, esta se tornando um encontro com a solidão.
Vazio, vazio.
Dentro de mim.

O céu, chora por mim.

25 de setembro de 2010

Carta Mediunica.

Ondas se manifestam e levam tudo que habita em nós.
Porem , todo dia é dia de recomeçar.
Colher os frutos.
Se plantarmos dor, colheremos elas proprias.
Se plantarmos o bem, colheremos o bem.
Se dançarmos, pularmos, sorriremos.
Se chorarmos, ficaremos mal.
Então, pense e fique bem.
Fique bem com tudo .
Consigo mesmo.
Procure sua paz interior.
Busque a minima força que existe em você.
Acredite, a vida é apenas um estágio.
Aqui agora o que vivemos não é a vida.
É apenas aprendizado.
Acredite que depois da morte, nos esperam.
Então façamos dessa escola, o melhor aprendizado.
Para poder conquistármos méritos, lá onde nos aguardam.
E se errarmos.
E pra isso mesmo.
Para aprender.
Pra poder progredir.
Para sermos melhores um dia, a cada vida.
E um dia não fazer mais parte de tudo isso aqui.
Por isso tudo isso aqui nesse mundo, está dessa forma, pra aprendermos sempre.
Não chores, e se chorares perceba
que dentro dessa lagrima, dessa dor,
Existe sempre uma razão.
Fique em paz.
Com Deus e todos os guardiões.

A dor ao amanhecer.

Ao abrir meus olhos, senti um gosto amargo da noite anterior.
Senti a dor batendo.
A lagrima caiu, perdeu-se entre os lençois.
Segurei a outra, a outra e a outra.
Levantei, lavei meu rosto, caido seco.

Senti um vazio, enorme. e-nor-me.
Meu apartamento está morto.
Não tem mais vida.
Habita em meu coração, e em minhas palavras.
O silêncio, somente o ouvi e o respirei fundo. Beeeeeeeeem fuundo.
Não consegui segurar! Ai...

Chorei.Chorei.
Não tenho mais forças.

Deitei sobre mim.
Me senti.
Me apalpei.
Me apertei.
Me abracei.
Apalpei cada parte do meu corpo.
Pela primeira vez, me senti.
Me senti de mim para mim mesma.

Real, sou real.
Senti um aperto.
Me senti real.

Quero me entregar a mim.
Inteiramente a mim.

Medo ....
Medo de não conseguir.
Medo do medo, que o medo me dá.

Alguém me escuta?
Alguém pode me escutar?

Largada, e abandonada.
Fui traida.
Meu organismo corresponde essa traição.
Borbulhando em dores, finalizo aqui.

Ah, vou conseguir.
Conseguir.CON-SE-GUIR.
Sair. SA-IR.

E preste atenção, e entenda, essa dor é só minha.

Recomeço.

É tempo de recomeçar.
Cada dia.
Cada minuto, cada instante.

É tempo, de olhar para o alto, gritar bem alto.
Hoje já é primavera.
Busco com ela um novo respirar.
Apenas respirar.

Sentir o hoje, o agora.
Esquecer o que ficou.
O que foi, foi.

A vida, e seus labirintos.
Os rodopios.
As transformações.

As linhas tortas.
A folha morta.
O chão.
O vão.
O grito.
A lágrima.
A canção.