
Senti a dor batendo.
A lagrima caiu, perdeu-se entre os lençois.
Segurei a outra, a outra e a outra.
Levantei, lavei meu rosto, caido seco.
Senti um vazio, enorme. e-nor-me.
Meu apartamento está morto.
Não tem mais vida.
Habita em meu coração, e em minhas palavras.
O silêncio, somente o ouvi e o respirei fundo. Beeeeeeeeem fuundo.
Não consegui segurar! Ai...
Chorei.Chorei.
Não tenho mais forças.
Deitei sobre mim.
Me senti.
Me apalpei.
Me apertei.
Me abracei.
Apalpei cada parte do meu corpo.
Pela primeira vez, me senti.
Me senti de mim para mim mesma.
Real, sou real.
Senti um aperto.
Me senti real.
Quero me entregar a mim.
Inteiramente a mim.
Medo ....
Medo de não conseguir.
Medo do medo, que o medo me dá.
Alguém me escuta?
Alguém pode me escutar?
Largada, e abandonada.
Fui traida.
Meu organismo corresponde essa traição.
Borbulhando em dores, finalizo aqui.
Ah, vou conseguir.
Conseguir.CON-SE-GUIR.
Sair. SA-IR.
E preste atenção, e entenda, essa dor é só minha.
Um comentário:
A poesia como forma consisa de escolher palavras unicas para as frases escritas. Essas curtas desse teu poema, diretas. É ai por exemplo que se mostra que escrever é uma de escorrer sentimentos e noçoes nossas e do mundo e nao algo para engomadinhos da palavra.
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