13 de novembro de 2010

Tentantiva errante.
De mim não saem palavras.
Palavras passeam em mim me torturando feito dor.
Elas apenas me rodeiam.
De mim nada sai.
Nada expresso.
Nada de nada.
Mais vazia que o ar dentro do balão.
Nada do nada.
"Um vazio tão imenso que não consigo nem ao menos me publicar em minhas linhas tortas."
"Talvez eu seja uma parasita que inveja a felicidade alheia, por perceber que todas as minhas expectativas de felicidade foram falhas."

12 de novembro de 2010

Eu corria.
Corria.
Corria.

Até babar,
Salivar,
Corri até não suportar.

A dor.

Não adianta correr.
A dor não vai,

Ela percorre dentro do meu ser.
Como carros engarrafados, um trânsito dentro de mim.
Um consgestionamento de sentimentos.

Meus musculos estão fracos.
Meus pés pesados.
Meus olhos calados, fechados enterrados.

O calar, o penar.
O calar, ca-lar. caaa-laaaar.
Adeus Gabriela.



16 de outubro de 2010

O tempo


O ponteiro do relógio fixava exatamente no mesmo número todos os dias.
Era em cima do numero cinco em algarismo romano.



Hoje, ontem e antes ontem, e antes de antes ontem também.
Eu parecia o mesmo cuco maluco!
Cuco - cuuuco-cuccccccccoooooooooooo!
Nada mudava de lugar.

A roupa no mesmo cabide, de madeira enferrujado.
No chão a marca dos móveis.
No chão a marca das pegadas, a mesmas pra cá e acolá.
O mesmo cheiro, o mesmo gosto, o mesmo rosto sem gosto.
A mesma paranóia.
A mesmice sempre.

A janela do apartamento era a única que estava diferente, o que diferenciava eram as cores lá fora.

O prédio grande de fora mudara de cor a cada ano.

Já foi laranja, do laranja passou para o alaranjado, do alaranjado radicalizaram e pintar de verde-bandeira um tom bem vivo.

Pensei radical. RA-DI-CA-LI-ZAR.

E o cuco não parava, marcava cada hora – Cuco, cuco, cuco.

Esse som me atormentava.
Pois a cada instante corriam mais as horas.
E cada vez mais, não é por nada que até ontem era Natal, e hoje já estamos em setembro de 2010.

E...

2011 está por vir, e em sequência 2012... E por diante.
Medo, medo da dor, da morte, da vida.
Afinal qual é o propósito de estar aqui?

Preciso iniciar do principio, primeiramente iniciarei do tom laranja, para depois passar para o alaranjado, e do alaranjado passar pro verde-bandeira, e do verde-bandeira quero partir para o amarelo, amarelo-manga, tons vermelhos e amarelos em mistura.

Ah, uma sensação boa agora, mesmo estando aqui.
Pela primeira vez, estou gostando dos meus pensamentos.

Vou mudar. Sim, mudarei.
Mas como citei esse mês e setembro.
Setembro e bonito, e um passo para a primavera.

Gosto de cores, flores.

Então é um ótimo mês para recomeçar.
Primeiro passo: Vou começar alaranjado a minha casa.
Segundo passo: Preciso respirar arte, teatro e musica.

Preciso urgentemente disso.

É o que eu realmente GOSTO e me FAZ BEM.

E o verde-bandeira e o amarelo-manga.
Vou deixar para a porralouquice.

Ah, porralouquice!
Porralouquice.

Quero aproveitar, cada beijo e calor do meu amado.
Pra sempre.
Como eternos namorados jovens.
Quero rir a cada instante.
E a cada vez por dia, rir de até doer à barriga.
Isso é bom, me lembro quando fazia isso todos os dias.
Falar de coisas, boas!
Quais boas novas eu vou contar, para meus queridos
Abraçar tudo se possível até o teto.
Beijar a face do meu pai todo dia!
Humm como é bom!
Ver minha mãe, mais vezes, que alegria ela me trás.
Estar perto de quem me quer bem, e que eu queira bem também.
Quando chover, quero agradecer a bênção, e acordar sorrindo.
Quando muito sol, também.
Dizem que viver é fácil, o mais difícil e saber como.
Acho que não deve ser tão difícil assim.

As esperança de um olhar de uma criança.

Deparei-me com um olhar em minha direção.
Me fixava, como se me idolatrava.
Ao me virar, uma covinha e o sorriso mais sincero e risonho que eu podia ver.
Aquele olhar puro e um pouco vergonhoso, me mostrava a verdadeira esperança.
Senti-me aliviada e protegida diante daquele rostinho.
Como era doce, como era magnifico estar ali.

Cada criança tem a sua riqueza, sua personalidade, carregam com si o maravilhoso mundo de ser criança.

O mundo de colorir, um desenho de qualquer animal com suas próprias cores.
De sorrir pra quem quer, e quando quiser.
De amar, de dar carinho.
De cantar beeeeeeeeeeeeem alto.
Elas só querem um pouco de atenção e carinho.
De serem notas e valorizadas.

"Eu gosto mesmo de ser criança, brincar de balanço, brincar de combate ...
Eu gosto mesmo é de ser criança, de guaraná, chiclete e chocolate."

Foto: Crianças da comunidade do bairro do Caraguava da cidade de Peruíbe.
Grupo Humberto de Campos - Casa Espírita Nosso Lar. ( Foi muito gratificante estar com vocês)

Praticar a caridade, é a salvação.
Leve um sorriso, e um abraço a uma criança e a todos os nossos irmãos.

12 de outubro de 2010

AMOR?!

Estranho como parece ser.
Estranho com é estranho.

Num apagar dos meus olhos pude ver, mais profundamente senti a dor.
Busquei entender o meu sofrer, o meu penar.
A traição do amor me atingiu feito uma cruz que encravava em meu peito.
O tal amor, que foi jurado para o mar, e para todos os céus.
Todas as cartas se tornavam apenas folhas rabiscadas, fotografias se tornavam apenas papel.
Tudo se torna apenas lembrança, e vem o medo pois lembranças se apagam com o tempo.
Queria sentir um dia ser Isolda, morrer por amor, e ser correspondida.
Ainda não vivi esse amor, e nem sei se ainda viverei.
Pois hoje em dia quem morre ou se sacrifica por amor?Quem realmente entende o amor?
Quem vive o amor? E quem luta por ele?Quem o enfrenta?Quem o desafia?
Trocar juras de amor eterno é fácil, não.
Aprendi isso,0 difícil mesmo é cumpri-las.
Até que ponto chega o querer bem?
O bem estar de quem se ama.
O Amar ao próximo?
Pergunto-lhes: O que é o AMOR?
O ser humano não sabe amar.

Entre poucos dias voltarei para a minha rotina.
Buscarei novos ares, e novos lugares, novas pessoas, e por fim apagar o passado, eu tentei salvar o importante do passado, mas fugiste de mim como um tremenda covardia.
A escolha é essa.Entendo.

Quero viver.
Uma nova e intensa paixão, pois nada é tão maravilhoso como a paixão, porem essa paixão se acaba.
Ai sim, quero viver o companheirismo e a amizade, pois isso é AMOR, e que não nos cansemos um do outro e ai sim trocaremos JURAS DE AMOR, e viveremos felizes.

9 de outubro de 2010

Chuva?!

O som da chuva...
Apenas o som da chuva.

Chove lá fora.
Chove lá fora...

Chove lá...
Chove,
Chove.
Chuva.


Sentir a delicadeza.
Sentir o som findando de chuva.

Chove, chuva.
Chove em mim.

Vazio.

Oco, meu corpo está oco.
As minhas mãos estão vazias.
E dentro de mim, uma estrada a diante.

Um olhar distante.
O cheiro de nada.
O tal nada que sai de mim.

De dentro pra fora de fora pra dentro.

O calar dos olhos.
O calar do meu coração.
Da minha alma.

O calar do calar, do meu calar.

A dormência dos meus desejos.
A dormência dos meus sentidos.

O oco que é tão oco, que torna tão oco de oco que é meu oco, eu sou o oco.
O vazio de todas as minha extremidades,endurecendo pelas pontas.

2 de outubro de 2010


Olhando para mim, reconheço cada parte do meu corpo.

Pernas, pés.

Braços, mãos.

Olhos, Boca, Orelhas e nariz.

Cabelos, nuca.

Pescoço, busto.

Tudo, exatamente tudo.


É por uma questão óbvia.

Claro, sim.

É o meu corpo, e ele faz parte de mim, é minha matéria.

É o que eu exponho a sociedade.

Minha beleza, exterior.


Nos conflitos dos meus pensamentos, senti-me me desconhecer-me.

As voltas que a vida dá.

Até antes queria estar em um corpo feito tatuagem.

Hoje, eu quero pesar feito cruz em cima de mim mesma.

Navegar em meu corpo.

Me amar, me odiar.

Me sentir.

E ser.

E ser essa tal menina que está diante de mim, atravez desse espelho que é o coração.

O tal coração que pulsa, em vários ritmos e aos poucos me esclarece todos os sentidos.

O sentido do amor.

O sentido do estado de espirito.

O sentido de viver.

O sentido de ter ou não ter.

O sentido do auto-conhecimento.

e quem sabe um dia eu não continuo esse texto.




26 de setembro de 2010

A chuva

Lá fora o som da chuva.
O som da chuva interroga mais a minha solidão.
A chuva ecoa todas as paredes, todas as mobilias, não finda.

Sofrer doe.
Doe muito.
Cada dia que passa mais aumenta o vazio.
O eco das teclas soam alto.
Todos os barulhos consigo ouvi-los com extrema nitidez.
Que falta faz,
Que vazio dentro de mim.
Dentro de cada parede.

Dentro de cada porta.
Dentro do chão.
Dentro de tudo.
Dentro de mim.

Escrever pra mim, esta se tornando um encontro com a solidão.
Vazio, vazio.
Dentro de mim.

O céu, chora por mim.

25 de setembro de 2010

Carta Mediunica.

Ondas se manifestam e levam tudo que habita em nós.
Porem , todo dia é dia de recomeçar.
Colher os frutos.
Se plantarmos dor, colheremos elas proprias.
Se plantarmos o bem, colheremos o bem.
Se dançarmos, pularmos, sorriremos.
Se chorarmos, ficaremos mal.
Então, pense e fique bem.
Fique bem com tudo .
Consigo mesmo.
Procure sua paz interior.
Busque a minima força que existe em você.
Acredite, a vida é apenas um estágio.
Aqui agora o que vivemos não é a vida.
É apenas aprendizado.
Acredite que depois da morte, nos esperam.
Então façamos dessa escola, o melhor aprendizado.
Para poder conquistármos méritos, lá onde nos aguardam.
E se errarmos.
E pra isso mesmo.
Para aprender.
Pra poder progredir.
Para sermos melhores um dia, a cada vida.
E um dia não fazer mais parte de tudo isso aqui.
Por isso tudo isso aqui nesse mundo, está dessa forma, pra aprendermos sempre.
Não chores, e se chorares perceba
que dentro dessa lagrima, dessa dor,
Existe sempre uma razão.
Fique em paz.
Com Deus e todos os guardiões.

A dor ao amanhecer.

Ao abrir meus olhos, senti um gosto amargo da noite anterior.
Senti a dor batendo.
A lagrima caiu, perdeu-se entre os lençois.
Segurei a outra, a outra e a outra.
Levantei, lavei meu rosto, caido seco.

Senti um vazio, enorme. e-nor-me.
Meu apartamento está morto.
Não tem mais vida.
Habita em meu coração, e em minhas palavras.
O silêncio, somente o ouvi e o respirei fundo. Beeeeeeeeem fuundo.
Não consegui segurar! Ai...

Chorei.Chorei.
Não tenho mais forças.

Deitei sobre mim.
Me senti.
Me apalpei.
Me apertei.
Me abracei.
Apalpei cada parte do meu corpo.
Pela primeira vez, me senti.
Me senti de mim para mim mesma.

Real, sou real.
Senti um aperto.
Me senti real.

Quero me entregar a mim.
Inteiramente a mim.

Medo ....
Medo de não conseguir.
Medo do medo, que o medo me dá.

Alguém me escuta?
Alguém pode me escutar?

Largada, e abandonada.
Fui traida.
Meu organismo corresponde essa traição.
Borbulhando em dores, finalizo aqui.

Ah, vou conseguir.
Conseguir.CON-SE-GUIR.
Sair. SA-IR.

E preste atenção, e entenda, essa dor é só minha.

Recomeço.

É tempo de recomeçar.
Cada dia.
Cada minuto, cada instante.

É tempo, de olhar para o alto, gritar bem alto.
Hoje já é primavera.
Busco com ela um novo respirar.
Apenas respirar.

Sentir o hoje, o agora.
Esquecer o que ficou.
O que foi, foi.

A vida, e seus labirintos.
Os rodopios.
As transformações.

As linhas tortas.
A folha morta.
O chão.
O vão.
O grito.
A lágrima.
A canção.





25 de julho de 2010

O eco soava pela porta.
Passava por mim gelando o meu corpo.
A mente não queria adormecer.
Os olhos não queriam se calar.
A tratavida do amor doia.
Doia com um doença interminavél.
O corpo sofria, suava, eletrizava.
Em mente a dor clamava.

Que o dia amanhã amanheça ensolarado.


E .....

Amanheceu.
A cabeça doia sim, porem pouco.
Os pensamentos vagavam melhor dentro dessa cachola.

Levantei-me, os traços do meu rosto demostravam a noite sofrida.
Lavei o rosto, uma duas vezes.

Chorei mais um pouco, porem baixinho, tão baixinho que so o meu coração ouvia.

E aprendi esse chorar baixinho.
Aprendi, sofrer calada.
Aprendi, que cada dia se aprende mais.

E a confiança na vida, só terei por mim, e por dois ser que me geraram.

Só eu, sei.
Só eu sei.

Gabriela Blanco

10 de maio de 2010

Um Dia Você Aprende...
Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mãos e acorrentar uma alma.E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa aprender que beijos não significa contrato e presentes não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de algum tempo você aprende que o sol queima, se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam.
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando, e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família, que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos, se compreendermos que amigos mudam, percebe que seu velho amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida, são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas aonde esta indo, mas se você não sabe onde esta indo qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute, quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que a mais de seus pais em você do que você suponha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dará o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar atrás.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar… que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!
Nossas dádivas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.
( William Shakespeare )