9 de outubro de 2010

Vazio.

Oco, meu corpo está oco.
As minhas mãos estão vazias.
E dentro de mim, uma estrada a diante.

Um olhar distante.
O cheiro de nada.
O tal nada que sai de mim.

De dentro pra fora de fora pra dentro.

O calar dos olhos.
O calar do meu coração.
Da minha alma.

O calar do calar, do meu calar.

A dormência dos meus desejos.
A dormência dos meus sentidos.

O oco que é tão oco, que torna tão oco de oco que é meu oco, eu sou o oco.
O vazio de todas as minha extremidades,endurecendo pelas pontas.

Nenhum comentário: